quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Carta para Anabela.


Anabela,

    
     Teu rosto vi em outra mullher. Perdoe-me. O tempo faz com que as lembranças do teu ser misturem-se em minha mente.      
    
   Por segundos, deixei-me levar pela amardilha do meu subconsciente, fechei os olhos forçando-me a relembrar de meus sonhos e a realidade pairou em minha cabeça. Anabela, não eras tu! Pus-me a chorar pela recordação que me reavivou a alegria por viver e toda essa esperança decaída foi usada para aquecer ainda mais a  minha tristeza.
    
    Mando-te esta carta a um endereço qualquer, não sei se chegará em tuas mãos. Eu me perdi e ainda não consegui me encontrar. Peço e rezo por qualquer coisa que possa restituir minha felicidade, todos os dias. Adeus.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

"- Watson insiste em dizer que sou um dramaturgo da vida real - disse ele - Um toque de artista brota em mim e pede com insistência uma apresentação bem encenada. Com toda a certeza a nossa profissão, Sr. Mac, seria monótona e sórdida se, às vezes, não fizéssemos  uma encenação a fim de glorificar nossos resultados. Uma acusação curta e grossa, uma brutal batida nos ombros... o que se poderia pensar de um desenlace assim? Mas o raciocínio ágil, a cilada sutil, a previsão engenhosa de acontecimentos futuros, a defesa triunfal de teorias arrojadas... não será orgulho e a justificativa do trabalho de nossas vidas? Neste momento, os senhores estão impressionados com o glamour da situação e com a antecipação do caçador. Mas sentiriam alguma emoção se eu tivesse sido tão preciso quanto um quadro de horários?" 

domingo, 29 de abril de 2012


''Eu queria querer-te amar o amor
Construir-nos dulcíssima prisão
Encontrar a mais justa adequação
Tudo métrica e rima e nunca dor
Mas a vida é real e é de viés
E vê só que cilada o amor me armou
Eu te quero (e não queres) como sou
Não te quero (e não queres) como és
Ah! Bruta flor do querer
Ah! Bruta flor, bruta flor
(...)
O quereres e o estares sempre a fim
Do que em mim é em mim tão desigual
Faz-me querer-te bem, querer-te mal
Bem a ti, mal ao quereres assim
Infinitivamente pessoal
E eu querendo querer-te sem ter fim
E, querendo-te, aprender o total
Do querer que há, e do que não há em mim''

quinta-feira, 26 de abril de 2012

''- Eu sei que era ele. Eu nunca amarei outra pessoa tanto assim. Posso lidar com isso. Sei que é comum encontrar sua alma gêmea mais tarde, na vida. Para mim, foi péssimo. Aconteceu agora, nos meus 25 anos. Não tem a ver com sexo. Não me importo com isso. Isso não é o principal. O importante é acordar com alguém, dormir de conchinha. Isso é o que importa, dormir de conchinha. Sabendo que, se surgir uma pessoa ruim, existe alguém ali. Isso é uma metáfora. Os vilões nunca aparecem. Você acorda com o vento... com aquele que te ama respirando sobre seu ombro. É isso... a conchinha.
- Sim.
- Devo parecer... Já conheceu uma depressiva como eu, ou sou a primeira?
- Meu Deus! Sou cabeleireira há 20 anos. O que mais atendo são solteiras à procura de conchinhas.''

terça-feira, 24 de abril de 2012

''E cada verso meu será
Prá te dizer que eu sei que vou te amar
Por toda minha vida
Eu sei que vou chorar
A cada ausência tua eu vou chorar
Mas cada volta tua há de apagar
O que esta ausência tua me causou
Eu sei que vou sofrer a eterna desventura de viver.''

sexta-feira, 20 de abril de 2012

“Eu sou alguém agora Harry, todos gostam de mim, breve, milhões de pessoas irão me ver e gostar de mim. Contarei a eles sobre você, seu pai [...]. É uma boa razão para eu me levantar de manhã, é uma boa razão para perder peso e caber no vestido vermelho, é uma razão para sorrir. Me faz acreditar no futuro. O que eu tenho Harry? Para que devo fazer a cama, lavar os pratos? Eu faço, mas para quê? Estou sozinha. Seu pai foi embora, você foi embora, não tenho ninguém de quem cuidar.[...] Gosto de pensar no vestido vermelho e na televisão… agora quando eu vejo o sol, eu sorrio”.







terça-feira, 17 de abril de 2012

"A gente, se ilude dizendo: 'Já não há mais coração!'. Meu coração tá batendo, como quem diz: 'Não tem jeito!'."